[pt] HOJE EU SOU UMA HEROÍNA PORQUE EU SEI LER: CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS SOB A ÓTICA DA NARRATIVA COMO PRÁTICA SOCIAL E DO SISTEMA DE AVALIATIVIDADE.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=41636&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=41636&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.41636 |
Resumo: | [pt] Inserida na área da Linguística Aplicada, esta pesquisa investiga a construção sociodiscursiva das identidades em narrativas de uma aluna da Educação de Jovens e Adultos. Tendo em vista que a participante se alfabetizou tardiamente, o objetivo principal do estudo é compreender a relação entre suas construções identitárias e o estigma vivenciado por indivíduos que não sabem ler e escrever na sociedade brasileira. A fundamentação teórica combina a abordagem socioconstrucionista das identidades (MOITA LOPES, 2001, 2002, 2003; HALL 2005, BAUMAN 2005) e do discurso (MOITA LOPES, 2001, 2003) aos estudos da narrativa como prática social e à teoria de linguagem da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994; HALLIDAY; HASAN, 1989; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014), com foco no Sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005). O estudo foi realizado a partir de uma entrevista semiestruturada gravada em áudio e alinha-se ao paradigma qualitativo e interpretativista (DENZIN; LINCOLN, 2006). Os resultados sugerem que, embora a participante aponte diversos obstáculos que a impediram de estudar, ela não compreende a sua não escolarização como resultado de um processo histórico de violação de direitos e sim como uma vivência pessoal, relacionada a fatores específicos de sua história de vida. Além disso, as construções identitárias emergentes durante a entrevista possuem forte relação com o estigma do analfabetismo e, muitas vezes, o corroboram. Essas identidades ora apontam para a superação dessa experiência, ora sugerem que a participante ainda não se vê como uma pessoa alfabetizada. Tais paradoxos estão imbricados à natureza complexa, múltipla e contraditória do fenômeno identitário na contemporaneidade. |