[pt] PARE DE LEVAR A INTERNET A SÉRIO: A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA POLARIZAÇÃO EM UM CANAL DO YOUTUBE À LUZ DO SISTEMA DE AVALIATIVIDADE
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34802&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34802&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.34802 |
Resumo: | [pt] Com o objetivo de investigar a polarização entre Ciência e Conspiração (BESSI et al, 2016) - questão cada vez mais relevante quando consideramos o crescimento da internet como espaço de aprendizagem colaborativa - proponho uma análise de natureza qualitativa-interpretativista (DENZIN; LINCOLN, 2005) da seção de comentários do vídeo Fomos a Lua? do canal Nerdologia. Para tal, tomo por base a concepção sociossemiótica de linguagem (HALLIDAY; MATHIESSEN, 2014; MARTIN, 2016), com o aporte da Linguística Sistêmico Funcional utilizando o Sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005; TAVARES, 2014; VIAN JR, 2012). Nessa perspectiva, a pesquisa se alinha aos princípios da escrita-em-interação (BULLA, 2014), entendendo que a comunicação mediada por computador (CMC) reconfigura aspectos da interação face-a-face na escrita. A metodologia adotada é a análise documental (TAVARES, 2014), por favorecer a observação de fatores relevantes no processo de maturação de indivíduos e sociedades (APPOLINÁRIO, 2009 apud SOBRINHO, 2015). Resultados sugerem que a polarização cria Comunidades Imaginadas (ANDERSON, 2008; HARJU, 2016), agrupamentos humanos caracterizados pela falta de um critério para sua comunhão, que é baseada não necessariamente em um laço social, mas na crença (imaginação) de um laço social. Tal critério frágil de comunhão pode fazer com que a Comunidade Imaginada polarize suas discussões, com uso de recursos de Engajamento e Gradação (MARTIN; WHITE, 2005; WHITE, 2015) para limitar posicionamentos opostos e potencializar seus próprios. Proponho que o uso dos recursos avaliativos demonstra duas potencialidades de tais comunidades: a solidariedade na manutenção do grupo e o cinismo na resolução de conflitos. O modo de operação das Comunidades Imaginadas chama atenção ao que julgo ser o inerente conflito no uso do YouTube para a divulgação científica, uma vez que se define, ao mesmo tempo, como uma plataforma de aprendizagem on-line colaborativa (FINARDI; PORCINO, 2014) e como grupo de afinidade (BARTON; LEE, 2013). |