[en] PERMANENCE AND MUTATIONS: THE CHALLENGE OF WRITING ADAPTATIONS OF LITERARY CLASSICS FOR SCHOOLS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: MARIO FEIJO BORGES MONTEIRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8555&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8555&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.8555
Resumo: [pt] Para esta tese, a adaptação escolar é a atualização de um discurso literário. Adaptações existem e são necessárias porque toda sociedade é construída por meio de uma rede sofisticada e complexa de discursos; para se manter coesa ou para se reconstruir constantemente uma sociedade precisa saber como atualizá-los. O que nunca é simples, fácil ou livre de conflitos. A função da adaptação dentro do sistema escolar é manter viva a tradição considerada de valor, apresentando a uma nova geração o que se convencionou chamar de cânone literário. Afinal, a tradição só se mantém pela renovação. Revendo a história do livro e do copyright, podemos perceber tanto as origens da adaptação escolar como as razões dos preconceitos contra este gênero específico. Com base em Foucault, Said, Borges e Lobato, esta tese contrapõe a literatura como narrativa à ideologia do texto fixo formulada no século XVIII. O maior desafio do adaptador ao resumir o enredo é escolher onde (ou como) cortar. A narrativa resumida é uma nova narrativa, que tem de ser a mesma (conter o passado, o cânone) e ser outra (estar contida na recepção dos leitores). O adaptador precisa atualizar a linguagem de forma adequada à faixa etária do leitor e respeitar limites impostos pela moral vigente. É preciso conhecer a fundo a obra a ser adaptada, entender porque ela permaneceu e continuou a ser lida, cultuada, sobrevivendo ao implacável teste do tempo. As hipóteses desta tese foram testadas por meio de duas pesquisas de campo realizadas com leitores da sétima série do ensino fundamental a partir de adaptações escritas por Ana Maria Machado e Ruth Rocha.