[pt] O DEBATE INTERNACIONAL SOBRE A PROIBIÇÃO DAS MINAS TERRESTRES A PARTIR DE UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA: OS MOVIMENTOS SOCIAIS E A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESQUEMA DE INTERPRETAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ALINE FERNANDES VASCONCELOS DE ABREU
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20703&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20703&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.20703
Resumo: [pt] O trabalho proposto visa interpretar, por meio de uma abordagem sociológica, o processo pelo qual os movimentos sociais envolveram-se nas políticas internacionais de controle de armamentos e foram capazes de construir uma nova interpretação das minas terrestres. Percebe-se que a participação desses novos atores em temas da política internacional que tradicionalmente são vistos como exclusivos ao debate estatal tem se intensificado desde a década de 1990. A fim de acompanhar essa mudança e discutir a contribuição que a variedade de atores traz à política internacional, este trabalho recupera autores das ciências sociais para explicar as relações internacionais como relações sociais. Assim, a partir do trabalho de Anthony Giddens, Erving Goffman, David Snow e Robert Benford pressupõem-se a existência de atores que agem reflexivamente a partir do Esquema de Interpretação da realidade (frame), como os movimentos sociais, os quais são capazes de gerar Esquemas de Interpretação coletivos. Ao produzirem e trocarem informações distintas através de redes transnacionais, esses movimentos se mostram capazes de criar novos recortes e novas percepções da realidade a partir da consideração de seus objetivos. No que tange à proibição das minas terrestres, percebe-se que esse novo recorte priorizou aspectos humanitários desse armamento, vinculando ao longo do processo uma conotação de injustiça ao uso e posteriormente à existência das minas terrestres. Ademais, fica clara a relevância que a busca por apoio às campanhas pelo banimento das minas terrestres teve na construção desse novo Esquema de Interpretação, constrangendo de várias formas a formulação da nova interpretação das minas.