[pt] RASURAR O REAL, (A)RISCAR A SUBJETIVIDADE: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE GESTOS DE RASURA DA BINARIEDADE DE GÊNERO
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62944&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62944&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62944 |
Resumo: | [pt] A rasura é uma prática de vida: eu risco sobre o outro, o outro risca sobre mim. Proponho a escrita de um ensaio que tem como norte investigar gestos de rasura da binariedade de gênero. Olho para afetos, palavras e matéria que compõem a gramática de gênero Ocidental. São, neste texto, representantes do afeto: a dor e a vergonha; das palavras: o nome; da matéria: o corpo. A primeira rasura se apresenta como uma proposta de novas formas de se relacionar com afetos marcados como negativos em sua associação com o feminino e a improdutividade. As segunda e terceira rasuras localizam o projeto no campo dos estudos da transgeneridade, quando entramos a/efetivamente nas experiências de modificação de si. Busco repensar a relação com o passado de corpos trans, habitualmente convidados ao esquecimento em busca de uma aproximação da cisnormatividade. Revisito os gestos de retificação do nome e modificação corporal como gestos de rasura que não se esquecem. Proponho pensarmos o nome morto a partir de uma relação fora da binariedade Ocidental que exclui os mortos das relações vivas. E também refletirmos sobre formas de nos relacionar criativamente com a transformação dos nossos corpos em corpos monstruosos, inventada pela cisnormatividade branca e potencializada pelas modificações hormonais e cirúrgicas. O objetivo desta pesquisa é pensar que possibilidades se abrem quando não esquecemos o passado dos nossos corpos e damos atenção à rasura como modo de vida e de mundificação em seu potencial destruidor do mundo binário. |