[pt] AMAZÔNIA ANIMADA: A REPRESENTAÇÃO DA REGIÃO AMAZÔNICA NO CINEMA DE ANIMAÇÃO BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: DAVI DE BARROS COELHO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55389&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55389&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55389
Resumo: [pt] Amazônia Animada: a representação da região amazônica no cinema de animação brasileiro parte do pressuposto de que o conceito de Amazônia é uma construção social configurada principalmente pela visão exógena do alóctone, que teve origem antes mesmo da chegada dos exploradores europeus à América com as cogitações sobre o Novo Mundo. Tal construção segue até hoje sendo reelaborada pelos diversos discursos que compõem a cultura pós-moderna. Deste modo, o presente trabalho tem por objetivo verificar a forma como a região amazônica é representada pelo animador brasileiro, tomando por base os principais conceitos e imagens utilizados em representações da região em outras linguagens, como a literatura, a pintura e o cinema tradicional (de tomada direta). Essas representações fornecem imagens-clichês e estereótipos largamente reproduzidos pelo cinema de animação, que, tal qual as outras linguagens, acaba quase sempre desconsiderando tanto a realidade social, econômica e histórica da região, quanto o seu principal protagonista, o caboclo. Resulta num enfoque limitado à representação relacionada à natureza e ao indígena, o qual tornou-se simbolicamente tão forte que chega a representar também o conceito de Brasil na cinematografia estrangeira e, por muitas vezes, na própria busca de uma identidade nacional na arte brasileira. Por outro lado, narrativas lendárias tradicionais e seres mitológicos, originados e reproduzidos na tradição oral cabocla e indígena, encontram na animação o suporte ideal para sua materialização e perpetuação pela proximidade dessa linguagem com a narrativa ficcional e fantasiosa. A nosso ver, estas seriam algumas das razões para que a Amazônia continue sendo temática constantemente explorada pelo cinema de animação.