Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Reis, Maria Leticia de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-29092015-165550/
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Resumo: |
Trata-se de estudar a noção de experiência (Erfahrung) para compreender os relatos de análise e estudar os relatos para compreender a noção de experiência. Nossa tese sugere que a experiência em psicanálise apresenta-se sob o signo negativo, relacionado com o luto de um objeto perdido ou o inapreensível de um evento traumático, bem como pelo signo positivo de um acontecimento de elaboração ou reconstrução. Observamos como a noção de experiência se articula ao conceito de objeto, em sua característica de perda, como também em relação à experiência de um saber. A dificuldade de se dizer o que é uma experiência a coloca lado a lado com o conceito de Real, que traz em si o impedimento de que falemos direta e positivamente acerca dele. Este aspecto subjetivo e constitutivo da perda chamamos de experiências de perda, e o campo social da perda, os conflitos com a civilização, as ambiguidades com o outro, chamamos de perda da experiência. A perda da experiência do sujeito moderno produz um sujeito capaz do encontro com o novo, que a era moderna começou a oferecer. Ele não é nem tão forte que não possa ser transformado, nem tão fraco que não possa ser autêntico. É assim que tornamos a experiência um sucedâneo da transformação. Diante dessa via de mão dupla entre as experiências de perda (perda de si, perda de objeto) e a perda da experiência do sujeito moderno encontramos nossa hipótese de pesquisa: A noção de experiência em psicanálise se relaciona à perda de objeto e antes mesmo de haver a perda de experiência houve a experiência de perda. Compreendemos a escrita como mediadora entre estas duas experiências de perda. Esta parte da pesquisa nomeamos de experiência sensível. Percorremos os teóricos do pragmatismo, da filosofia crítica alemã e alguns pensadores estruturalistas franceses, considerados desde o ponto de vista da relação entre suas ideias e suas experiências pessoais de luto |