[pt] O PAPEL DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PERSPECTIVAS E CONTRADIÇÕES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LUCIANA DA CONCEICAO E SILVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37427&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37427&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37427
Resumo: [pt] Este trabalho discutirá as contradições que envolvem a implementação do programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A RMS no discurso oficial propõe fortalecer o SUS, entretanto, se insere em uma conjuntura de desmonte da política de saúde. Neste trabalho faremos um resgate histórico das contradições que envolvem a RMS e apresentaremos resultados de estudo realizado numa residência multiprofissional em saúde no município do Rio de Janeiro. Conclui-se que a RMS se insere num terreno de contradições face as disputas no seu interior por sua finalidade. Atualmente, ao mesmo tempo em que vivemos o incentivo político para a formação profissionais para o SUS, pela via da RMS, o que tem sido colocado como estratégia para sua reorganização numa direção mais alinhada aos preceitos constitucionais, percebemos, entretanto, a tendência da RMS em se inserir num campos de estratégia de estruturação da rede de serviços públicos por meio da oferta de um campo de trabalho precarizado para os profissionais da saúde e submetido a um modelo de saúde que prioriza a excelência privada. Sendo assim, a RMS pode reforçar a simplificação de recursos e a fragilização da articulação entre o serviço e a academia, reproduzindo a lógica é recorrente na formação. Finalmente, observamos dificuldades na garantia da interlocução entre formação, gestão, atenção em saúde e participação política. Urge a necessidade de fortalecer a RMS como estratégia de resistência dos movimentos em defesa do SUS na concepção da Reforma Sanitária.