[pt] O QUE HÁ DE GLOBAL NA AMEAÇA CLIMÁTICA?: ANÁLISE CARTOGRÁFICA DO NEXO SEGURANÇA E CLIMA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: BRUNO EDUARDO PORTELA BORGES DE MAGALHAES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16141&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16141&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16141
Resumo: [pt] A dissertação reconstrói o plano social formado em torno do debate público sobre os impactos de segurança das mudanças climáticas. Emprega para tanto o método de mapeamento de controvérsias desenvolvido por Pierre Bourdieu, que consiste no posicionamento dos agentes envolvidos no debate em um plano cartesiano, simbolizando as distâncias sociais entre os mesmos. Neste plano se cruzam um eixo horizontal, no qual os agentes são posicionados em função da caracterização que oferecem da ameaça climática (ênfase em segurança humana x ênfase em segurança geopolítica e militar), e um eixo vertical, no qual as coordenadas dos agentes são definidas a partir do tipo de medidas que advogam para o enfrentamento dos impactos de segurança do fenômeno (adaptação preventiva x adaptação reativa). Cruzando as tomadas de posição dos agentes nestes dois eixos, a pesquisa se propõe a avaliar a compatibilidade entre os resultados encontrados e os argumentos de Ulrich Beck, Didier Bigo, Jef Huysmans, Claudia Aradau e Rens Van Munster acerca dos impactos políticos do novo tipo de risco incomensurável que o fenômeno representa. Discute-se, em específico, a tese que associa a securitização das mudanças climáticas à transição de um modelo comunitarista de organização do sistema internacional rumo a um modelo centrado em um senso de pertencimento global. A dissertação tem como ambição, portanto, analisar os efeitos que as diferentes concepções de segurança climática vêm exercendo sobre a compreensão espaço-temporal moderna. Como conclusão, captura uma inclinação do debate em favor de uma concepção do global entendida como troca entre unidades particulares e uma predileção dos agentes por práticas de gerenciamento de risco.