[pt] A ESCOLA DA PRECARIZAÇÃO: A PRODUÇÃO DO CONSENTIMENTO AO TRABALHO PRECÁRIO NAS EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CHRISTIAN KAZUO FUZYAMA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50883&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50883&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50883
Resumo: [pt] A presente pesquisa buscou entender de que forma o consentimento à precarização do trabalho é construído em dinâmicas disfuncionais de estágio, tendo como contexto as transformações de ordem estrutural e ideológica do capitalismo, refletidas na conjuntura ocupacional, no sistema de ensino superior e nas práticas de inserção de jovens no mercado de trabalho através de estágios. Partindo desta perspectiva, a presente dissertação problematiza esta experiência como uma forma de socialização ao trabalho precarizado, sujeitando o estudante a determinadas dinâmicas, distantes de um propósito educacional. Foram realizadas entrevistas individuais e, por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016), explorou-se as percepções dos estudantes na dinâmica do estágio, seu aprendizado, como entendiam ou justificavam seu engajamento a ele. Observou-se a ocorrência de disfunções e desvios da proposta educacional do estágio, aproximando-o de uma configuração de contrato precário de trabalho. Estes desvios passam a se justificar na fala dos estudantes por meio de sua percepção de autonomia, aprendizado, pelas promessas de efetivação e da conquista de empregabilidade. Como desdobramentos dessas justificativas às disfunções, os estudantes manifestaram uma adesão pragmática a elas, em outros casos o enaltecimento destas disfunções, mas também o estranhamento e questionamento destas experiências disfuncionais.