[pt] O DINHEIRO DA MULHER E SUAS IMPLICAÇÕES NO CASAMENTO CONTEMPORÂNEO: UMA VISÃO FEMININA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: SUZANA CARVALHO MAIA VASCONCELOS RODRIGUES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11867&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11867&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11867
Resumo: [pt] A inserção da mulher de classe média/alta no mercado de trabalho, sua busca por realização profissional e independência financeira transformaram, definitivamente, a antiga divisão sexual do trabalho. O dinheiro da mulher no casamento contemporâneo é um marco essencial nas mudanças que ocorreram nas relações afetivo-sexuais da segunda metade do século XX em diante. E é, por isso, que a análise das tomadas de decisão financeira de um casal pode-nos oferecer informações importantes sobre as relações de poder, desigualdade e manifestações de individualidade de cada um de seus membros. Especialmente, entre recém-casados, foco de nossa pesquisa, em que a formação dessa negociação acontece de formas diferentes, envolvendo valores aprendidos nas famílias de origem. Compreender a(s) conseqüência(s) de tais mudanças nos relacionamentos conjugais entre homens e mulheres é de fundamental importância para os avanços nos estudos sobre conjugalidade no Brasil, ainda carente de pesquisas específicas sobre dinheiro e casamento. A presente pesquisa trata do impacto do dinheiro da mulher no casamento contemporâneo e de como a construção das regras nas decisões financeiras são percebidas, vividas, definidas ou, mesmo, questionadas por ela. Para tal, realizamos um estudo exploratório com 12 mulheres recém-casadas ou recém-morando junto, entre seis meses e três anos de união, estando ambos os membros do casal em seus primeiros casamentos, trabalhando remuneradamente, sem filhos e pertencentes à classe média/alta carioca. Seus discursos revelaram que as mulheres reconhecem no trabalho remunerado a possibilidade de possuírem autonomia em suas decisões e de definirem e colocarem em prática hobbies e gostos pessoais. Além disso, a maioria de nossas entrevistadas se diz organizada com o próprio dinheiro, muitas vezes, sendo ela quem exerce o controle e o planejamento financeiro do casal. E de fato, sua autonomia em relação ao próprio dinheiro está mais ligada a assumir a sua administração, do que simplesmente ganhá-lo. Percebemos isso, pois apenas duas de nossas entrevistadas delegam aos maridos o gerenciamento do dinheiro, perdendo poder de barganha naquilo que consideram prioridades pessoais.