[fr] PARADOXES ET PERTINENCES CLINIQUES DU CONCEPT D´IDENTIFICATION DANS L ENSEIGNEMENT DE JACQUES LACAN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: MARIA APARECIDA DE ANDRADE NOVAES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10116&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10116&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10116
Resumo: [pt] A invenção da psicanálise é marcada pela introdução do conceito de inconsciente, o que impõe ao pesquisador deste campo a análise de todo e qualquer conceito que pertença ao domínio da psicologia em geral a partir desta especifidade. Este trabalho visa uma retomada da estrutura mínima do laço social, pensando- o a partir da suposição do inconsciente. A identificação ao traço unário, modalidade extraída por Lacan da teoria geral das identificações proposta por Freud, é a ferramenta conceitual utilizada neste trabalho para se pensar uma suposta especificidade psicanalítica do laço social, sendo o fundamento teórico necessário para se pensar um laço que se configura diferentemente, graças à presença do analista, que faz consistir o inconsciente no laço sem que isso comporte sua dissolução. A transferência, que pode ser definida como a própria estrutura da experiência analítica, será portanto o palco de onde poderá se situar a identificação ao traço unário como fundamento do laço social. Tal operação, porém, implica necessariamente na relação do sujeito não só ao significante, mas também ao que Lacan denominou objeto a, isto que toma parte na constituição do sujeito, sendo propriamente aquilo que ele é, ao mesmo tempo em que dele precisa estar separado, situando-se como algo da ordem donão-identificável, algo que atua como causa de desejo, no lugar de uma exterioridade, e que, quando irrompe, será sob a forma desestruturante da angústia. Dito isso, a identificação impõe um paradoxo que convoca a uma revisão deste percurso teórico de Lacan, de modo a questionar de que maneira o objeto toma parte na constituição de um corpo e da identidade do sujeito, sem que compareça como o que faz exceção, para além do representável e do visível. Neste sentido, o presente trabalho propõe o uso do conceito de letra e de um exemplo literário como via possível para este impasse, eminentemente clínico.