[pt] ELEMENTOS PARA UMA TEORIA DO OUTRO DE JACQUES LACAN: SUJEITO E ALTERIDADE
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55918&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55918&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55918 |
Resumo: | [pt] O conceito de grande Outro, em Jacques Lacan, refere-se ao lugar da cultura e da linguagem por onde o sujeito é formado. Ele surgiu da aproximação lacaniana com a noção freudiana de inconsciente, quando este autor identifica o modo linguageiro do inconsciente operar. Tal conceito possui um aspecto de alteridade radical, isto é, um ponto de impossível significação completa da existência, devido à insuficiência das palavras e símbolos. Dessa forma, o sujeito responde por modos de existência particulares diante de sua vida, a fim de lidar com a alteridade. Neste material, questionamos que diferentes configurações o lugar do Outro pode assumir tendo em vista as respostas que o sujeito busca construir a partir do que recebe de sua cultura. Tal questão nos ajuda a pensar suportes ao tratamento deste lugar para o auxílio das construções subjetivas. Partimos do desenvolvimento lacaniano da noção de Outro em três momentos de seu pensamento, relacionados às duas estruturas subjetivas da neurose e psicose (paranóica e esquizofrênica). Observando a pluralidade de formações sociais em torno de diferentes saberes e fazeres entre sujeitos, entendemos que o conceito de Outro, ao final da obra lacaniana, torna-se Outros - diversos lugares simbólicos, diferentes linguagens inventadas nos laços sociais. Por essa via, chegamos ao entendimento de que a alteridade do Outro o torna instrumental. Isto é, sua relação com o sujeito não dada a priori, mas construída por meio da atribuição de uma função subjetiva. Tecer considerações sobre os artifícios de lida com a linguagem e sobre a concepção de Outro auxilia a apreender, na escuta analítica, a emergência de elementos que se apresentam como recursos singulares na clínica, arranjados pelo sujeito para formular modos sustentáveis de existir. |