[pt] A GENTE JÁ FALAVA O QUE TINHA NA LEI, A GENTE JÁ SABIA O ARTIGO: HISTÓRIAS DE RESISTÊNCIA DE JOVENS QUE PASSARAM PELO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ALESSANDRA BRITO DE PAIVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53417&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53417&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53417
Resumo: [pt] A pesquisa se propõe a analisar as narrativas, construídas em conjunto, de três jovens e sua mãe afetiva, que passaram pelo acolhimento institucional na cidade do Rio de Janeiro. Busca-se compreender como os participantes constroem e narram suas estratégias de resistência, desenvolvidas para lidar com situações de violência e opressão pelas quais passaram. É observada a coconstrução narrativa articulada à presença de agência (Duranti, 2004; Ahrean, 2000) e de resistência na fala dos narradores (Castells 1999; Ewick e Silbey, 2003). A partir de uma visão qualitativa e interpretativa, a análise é conduzida com as perspectivas da Análise da Narrativa e a abordagem SocioInteracional. O estudo da história de vida (Linde, 1993) é feito considerando as contribuições da estrutura narrativa de Labov (1972) e a releitura de autores contemporâneos (Bastos, 2005; 2008; Bastos e Biar, 2015; Bamberg e Georgakopoulou, 2008). O conceito de estratégia de resistência é desenvolvido com base na existência de um poder dominante, no qual os atores, conscientes das desigualdades e das condições desfavoráveis, agem de forma a resistir e alterar a realidade em que vivem (Foucault, 1979; Castells 1999; Ewick e Silbey, 2003). Na análise, é possível perceber que os participantes constroem uma identidade agentiva por meio do discurso e das ações de resistência narradas. Para cada estratégia desenvolvida, é explicitada a sua organização, levando em consideração poder, agente e tomada de consciência. A resistência tem como objetivo a alteração do micro para o benefício dos irmãos, o que reforça e promove os laços familiares.