[pt] O DISCURSO HUMANISTA DE ERASMO: UMA RETÓRICA DA INTERIORIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: FABRINA MAGALHAES PINTO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10111&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10111&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10111
Resumo: [pt] dispensou à questão da relação entre filosofia e retórica (sabedoria e eloqüência) unindo novamente as duas disciplinas anteriormente separadas por Platão. Erasmo de Rotterdam, como um dos principais humanistas do século XVI, não apenas não ficou imune ao peso desta tradição, como foi um dos seus mais influentes catalizadores, revalorizando a necessidade de um amplo saber para a formação do homem e para a instauração da sua dignidade. Para Erasmo, o homem no momento do nascimento ainda é uma matéria bruta, sendo a educação a maior responsável por sua formação moral e intelectual. Deste modo, o aprendizado dos studia humanitatis, cuja defesa aparece expressa já em suas primeiras obras, era condição fundamental tanto para a plena realização de seus ideais de renovação da cristandade e da instauração de uma fé mais pura, quanto para a elaboração de uma reforma educacional. A partir da centralidade da linguagem retórica em seus trabalhos, elegemos como problema central desta tese a análise de duas obras em que Erasmo explicita claramente a importância desse preceito antigo, ou seja, da união entre res e verba, representado especialmente no Ratio studii e no De copia rerum ac verborum, publicados respectivamente em 1511 e 1512. Nelas Erasmo desenvolve seu interesse pela pureza do latim, ensinando sob os moldes de Cícero e Quintiliano, como escrever e ler bem os clássicos. Considerados por muitos analistas os primeiros e mais importantes manuais educacionais da Renascença, sua importância deriva não apenas do tratamento de uma correta apreensão das línguas clássicas, mas também da necessidade iminente de sua apreensão prévia para que o leitor estabeleça a maior proximidade possível com a palavra das Escrituras em seu estado mais puro, principal meio para persuadir os homens da importância dos princípios de uma filosofia cristã.