[fr] ART POLITIQUE, COSMOPOLISTISME ET MILITANTISME PHILISOPHIQUE: UNE ARTICULATION TROUBLANTE ENTRE SOCRATE, DIOGÈNE ET FOUCAULT
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53633&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53633&idi=3 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53633 |
Resumo: | [pt] Esta tese tem como objeto de estudo a atividade filosófica exercida como uma atividade inerentemente política. Ela busca mostrar que a partir da proposta da arte política socrática (tal como é descrita por Platão) nos diálogos Górgias e Apologia de Sócrates, a ética assume uma relação intrínseca com a política e demanda um modo de vida no qual os exercícios de poder no âmbito privado e no âmbito público sejam indissociáveis. Nessa proposta há uma rejeição veemente à pleonexia política. A partir dessa compreensão, depreende-se que o movimento filosófico cínico que surgiu na Grécia entre os séc. V e IV a.C., que foi amplamente reconhecido como herdeiro da tradição socrática, também herdou a sua arte política. O regime da resistência, da frugalidade e dos poucos haveres são alguns dos pontos que o conectam a essa herança. Contudo, o cínico criou uma nova rotina radical, uma prática de resistência e transgressão que difere da proposta socrático-platônica. Destarte, a partir dessa inflexão, considera-se que houve uma radicalização da politização socrática que é materializada no cosmopolitismo de Diógenes (principal filósofo cínico analisado neste trabalho). A proposta cosmopolita cínica, essa que julgo herdeira da verdadeira arte política socrática, e da qual acredito ter encontrado as principais características nos dois diálogos platônicos aludidos, foi indispensável à problematização do filósofo francês Michel Foucault acerca da relação do sujeito com a verdade, os modos de sujeição identitária e os modos dominantes de subjetivação. Ademais, foi fundamental para o debate contemporâneo movido pelo filósofo francês a respeito da militância filosófica, que por Foucault foi qualificada como a mais nobre e mais elevada das políticas, como um chamamento à crítica e à transformação do mundo, principalmente quando interpela as verdades das leis positivas e seus vínculos, como: a família e o Estado, as diferenças de gênero, as diferenças entre livres e escravos e entre fronteiras territoriais. |