[pt] O TEATRO DO PODER E O TEATRO DO OPRIMIDO: FORMAS DE RESISTÊNCIA E INTERVENÇÃO SOCIAL EM CAIEIRAS VELHAS: ARACRUZ, ES (2006-2011)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: WILLIAM BERGER
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20477&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20477&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.20477
Resumo: [pt] Esta pesquisa tem por objeto de estudo a intervenção teatral como forma de intervenção social que busque reconhecer formas de resistência social de grupos sociais em situação de subalternidade para valorizá-las, recuperando uma discussão já iniciada no Serviço Social. O objeto empírico tratado é um conjunto de intervenções teatrais realizadas na localidade de Caieiras Velhas, município de Aracruz, ES, entre 2006 e 2011 pelo Teatro do Oprimido, com a participação do autor deste estudo. Na introdução se justifica a utilização da imagem mitológica da Fênix para caracterizar a resistência social do povo indígena Tupiniquim, moradores tradicionais daquele território. Inicialmente se apresenta uma breve reflexão teórica sobre subalternidade a partir dos trabalhos de James Scott, Gayatry C. Spivak e Antônio Gramsci. Para subsidiar a discussão da metodologia da pesquisa se apresenta um panorama da metodologia do Teatro do Oprimido, entrecruzando as cinco categorias dos jogos e exercícios deste método com as categorias teóricas adotadas para definir os sujeitos, o lugar e as pertenças dos subalternos em Caieiras Velhas. A primeira categoria teórica é a de identidade, construída a partir das discussões de Manuela Carneiro da Cunha, Manuel Castells, Stuart Hall e Zygmunt Bauman. A segunda é lugar/territorialidade, e seu pressuposto —território—, compreendida a partir de Yi Fu Tuan, Milton Santos, Rogério Haesbaert e Claude Raffestin. A terceira categoria teórica é resistência social, baseada na concepção de James Scott. A quarta categoria é memória/experiência a partir de Ecléa Bosi, Carlos Rodrigues Brandão e Walter Benjamin. A estruturação do texto parte de uma breve descrição dos moradores da aldeia Tupiniquim Caieiras Velhas. A tematização do estudo foi extraída das intervenções realizadas pelo Teatro do Oprimido naquele território. Com a contribuição da Antropologia se caracteriza o teatro do poder que se deseja conhecer e discutir, situando a metodologia do Teatro do Oprimido neste contexto. Este trabalho tem ênfase nas mulheres do território, com o objetivo de aprofundar o conhecimento das suas atuais formas de resistência à dominação.