[pt] AS ABERTURAS POLÍTICAS A PARTIR DAS FRATURAS: CAMINHOS PARA DESEMPEDRARMOS NOSSOS CORAÇÕES NUMA AMÉRICA LATINA ATRAVESSADA PELA MODERNIDADE E PELO NEOLIBERALISMO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: JOAO PEDRO BARBOSA MARINS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63336&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63336&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.63336
Resumo: [pt] A modernidade e o neoliberalismo foram reproduzidos e construídos na América Latina de uma forma diferente daquela tida como original. Isso porque a partir da compreensão de conceitos de Nestor Garcia Canclini, Veronica Gago e Silvia Rivera Cusicanqui, enxergo que todo discurso ou racionalidade sempre vai ser transformado, distorcido, na medida em que é reproduzido, especialmente se essa reprodução ocorre alhures ao berço dessas racionalidades, mesmo que exista um desejo ativo por parte dessas sociedades de reproduzir essas categorias seguindo modelos Europeus ou da América do Norte. Dessa forma, a impossibilidade de integridade de toda reprodução acaba por criar fraturas na superfície desses discursos, com um grande potencial desestabilizante que tem a capacidade de fazer surgir um novo cenário, não somente apesar dessas racionalidades, mas justamente a partir das ruínas imprimidas nas sociedades que foram atravessadas por essas racionalidades. Daqueles que tiveram seus corações empedrados pela dureza dessas racionalidades. A partir disso, utilizando da metodologia do recorazonar, pensarei ao lado de intelectuais e artistas com o objetivo de estimular nos descolarmos de categorias hegemônicas, forçando as fraturas evidenciadas pelas crises eco-socioeconômicas, para surgir novas possibilidades. Paralelamente, busco resgatar aquelas racionalidades que foram sufocadas e tratadas com desdém pelo ambiente moderno e neoliberal. Essas fraturas podem ser provocadas e aprofundadas ao nos debruçarmos sobre as formas como esses processos se deram, ao mergulharmos e também ao pensarmos ao lado de certas obras de arte politizadas e artefatos estéticos críticos a esses mundos que habitamos. Assim, meu texto no que tange à mobilização desses artefatos estéticos funciona de uma maneira dupla: potencializar as erosões dessas falésias da modernidade e do neoliberalismo da forma que se deram na América Latina, mas também pensar em conjunto com as obras, ao ter meu pensamento por elas guiado para um lugar de pensamento crítico que elas suscitam.