[en] ELUDING SECURITY: THE UNITED STATES FOREIGN POLICY AND THE PERSISTENCE OF WARS ON TERRORS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: YESA PORTELA ORMOND
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67691&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67691&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67691
Resumo: [pt] Esta dissertação tem como ponto de partida a pergunta: O que proporciona à Guerra ao Terror uma narrativa persistente que continua a influenciar os termos da política externa dos Estados Unidos ao longo do século XXI? Em relação ao problema de pesquisa, elabora-se um duplo argumento: o primeiro é o de que a Guerra ao Terror é uma figura opaca e borrada na política externa dos Estados Unidos; uma estrutura com um centro que não tem um local natural e que continua sendo (re)preenchida, (re)escrita e (re)significada; um terreno sem fundamento; um espectro-a-vir que assombra e escapa das categorias de política externa e segurança dos EUA. A partir deste argumento, insisto que esta figura opaca e borrada se beneficia de imagens de inimigos cujos rostos, características e territórios são apenas provisoriamente identificados. Mais que isso, insisto que essasituação é facilitada pela impossibilidade de definir definitivamente o que significam e são terror e terroristas; e do entrelaçamento desses significantes– i.e., destes espectros – ao longo da história dos EUA, com aqueles dos povos Indígenas, da população negra escravizada, dos servos brancos pobres (irlandeses, escoceses, alemães), das sufragistas, dos imigrantes latinos, dos traficantes de drogas, dos muçulmanos, dos árabes, dos antifascistas, dos supremacistas brancos, e assim por diante. Em segundo lugar, argumento que a Guerra ao Terror dos Estados Unidos tem escapado (d)a segurança não apenas porque o terrorismo e os terroristas são elusivos, mas também porque a noção de segurança, em si, é elusiva na política externa dos EUA. Desse modo, nesta tese proponho que a ideia de Guerra ao Terror seja deslocada e que falemos, ainda que provisoriamente, em Guerras aos Terrores – Guerras aos Terrores estas que indefinidamente escampam (d)a segurança dos Estados Unidos. Para ilustrar esse argumento conto com a ajuda da leitura desconstrucionista Derridiana, associada às contribuições de Reinhart Koselleck. Assim, realizo uma análise voltada para a política externa dos Estados Unidos e para o modo como Guerras aos Terroressão travadas contra múltiplos foras(teiros) constitutivos dos Estados Unidos. Nesse sentido, meu olhar se direciona, ainda que não exclusivamente, às Guerras aos Terrores do século XXI – mais especificamente às imagens de árabes, pessoas do Oriente Médio e muçulmanos como essencialmente terroristas; de imigrantes, requerentes de asilo e refugiados como terroristas em construção; e para o entrelaçamento de antifascistas e adeptos da supremacia branca como terroristas domésticos. Realizada essa extensiva análise, sugiro, em primeiro lugar, a importância de interpretar interpretações mais do que interpretar coisas e de, assim, não tomar abstrações como certas, senão como produtivas e violentas. Em segundo lugar, sugiro que (in)segurança, terrorismo e terroristas são foras(teiros) constitutivos das Guerras aos Terrores e que, por isso, há impossibilidade de encerramento deste persistente e elusivo cenário sem que os Estados Unidos também tenham seus fundamentos – apenas aparentemente bem fundamentados– abalados.