[pt] A CONSTRUÇÃO DO VÍNCULO PARENTO-FILIAL NAS ADOÇÕES TARDIAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: DEBORA DA SILVA SAMPAIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36853&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36853&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.36853
Resumo: [pt] Na adoção tardia, a criança chega ao novo lar com um histórico, muitas vezes, repleto de rupturas e abandonos. É nesse contexto, com a demanda de reconstruir um ambiente suficientemente bom, além da busca de satisfazer as próprias motivações para uma adoção, que as famílias adotantes de crianças maiores encontrarão desafios importantes na construção do vínculo parento-filial. Esta pesquisa teve por objetivo investigar a construção do vínculo parento-filial nas adoções tardias, levando em consideração as motivações dos pais, as vivências anteriores das crianças, além das fantasias e expectativas relacionadas à criança imaginada. Para alcançar os objetivos propostos, foram entrevistados 10 sujeitos independentes, 3 homens e 7 mulheres, que adotaram crianças maiores de dois anos e as entrevistas analisadas pelo método de análise de conteúdo. Os participantes ressaltaram como principais desafios para construção do vínculo o comportamento agressivo da criança, dificuldades com regras e autoridade, falta de segurança jurídica, atraso escolar e problemas na adaptação à rotina familiar. A vivência da parentalidade se mostrou diretamente relacionada ao sentimento de responsabilidade e à imposição de regras. A principal motivação foi o desejo de ser mãe/pai, além da busca por fazer o bem. As expectativas e fantasias emergiram nas falas ligadas ao medo de não conseguir exercer a função parental de maneira plena. A forma singular como os pais acolheram as dificuldades, integrando passado e presente, de modo a reconstruir o ambiente familiar perdido, bem como o suporte oferecido pela rede, foi fundamental para a construção e manutenção do vínculo parento-filial.