[pt] ADOÇÃO TARDIA: A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA HISTÓRIA DE VIDA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANDRA REGINA SALDANHA QUEIROZ
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37468&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37468&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37468
Resumo: [pt] A adoção tardia de uma criança é um processo complexo que suscita sentimentos ambíguos, tais como amor, desconfiança, preconceito, insegurança, medo, frustração e realização plena. O presente trabalho tem como objetivo investigar as implicações envolvidas no processo da adoção tardia, tanto no que diz respeito a pais adotantes quanto a crianças adotivas. A coleta de dados para a elaboração dessa pesquisa foi feita com a participação de três mães adotantes, três pais adotantes e três filhos adotivos, no estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2009 e 2010. Os filhos adotivos tinham entre 6 e 14 anos na época de sua adoção. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com as mães, os pais e os filhos, não havendo entre os participantes nenhuma relação de parentesco. A partir da técnica de análise de conteúdo, os dados foram agrupados em 5 categorias, assim nomeadas: 1) a motivação dos pais para adotar; 2) o preconceito na adoção; 3) o processo jurídico na adoção; 4) a importância dos grupos à adoção; 5) a criança na nova família. Constatou-se que, em todos os casos de adoção, a motivação preponderante foi a esterilidade de um dos membros do casal. Em princípio, todos desejavam adotar um bebê recém-nascido e, no decorrer do processo, devido à dificuldade de encontrar crianças com esse perfil, optaram pela adoção de crianças maiores. A esperança de uma realização plena que envolve o primeiro momento na busca de uma adoção sofre um impacto que, diante das dificuldades que se apresentam, assim como diante da criança real, muitas vezes frustra essa expectativa inicial. A maioria dos entrevistados, declarou ter recebido o apoio de toda a família na decisão de adotar um filho, ainda que, tenha havido manifestação de preconceito por pessoas de seu meio social. Conclui-se que, para os pais e mães adotantes assim como para os filhos adotivos, o estabelecimento do vínculo afetivo-familiar não ocorre de imediato. Há que se percorrer um longo caminho buscando constituir um futuro sólido nessa relação sem, contudo, esquecer-se do passado da criança que não pode ser apagado. A verdade é o alicerce sobre o qual se erguerá uma relação sólida entre pais e filhos. Os grupos de apoio funcionam como elemento facilitador para a construção dessa relação.