[pt] DO ILUMINISMO À WEB SEMÂNTICA: REFLEXÕES SOBRE A COMUNICAÇÃO COM BASE EM UMA ÚNICA LÍNGUA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: FLAVIA DI LUCCIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15543&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15543&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15543
Resumo: [pt] Discussões a respeito da comunicação entre os homens e da diversidade linguística perpassam a história. É possível afirmar que Platão (427 - 347 a.C) e Aristóteles (384 - 322 a.C) instigaram filósofos e linguistas a buscar incessantemente explicações para a variedade de línguas existentes no mundo, bem como a investigar suas origens e características em comum. A obsessão por encontrar a língua que teria dado origem a todas as outras línguas não cessou, como também não cessou o desejo de retorno a esta primeira língua. Este desejo faz com que filósofos e linguistas há muito venham sustentando a criação e utilização de uma língua única. Esta possibilitaria a comunicação universal entre os homens independentemente de onde estes tivessem nascido, da cultura a que pertencessem ou da língua materna que falassem. Em outras palavras, poderia haver uma comunicação livre e democrática. Consequentemente, o acesso aos saberes também seria livre, o que daria lugar à concretização de uma das ambições do projeto iluminista: o esclarecimento do homem a partir da sua própria capacidade de conhecer o real de forma autônoma. Tomando como ponto de partida essas questões, foi realizado um estudo histórico que teve como objetivo principal investigar os caminhos que a busca de uma língua única de comunicação vem seguindo desde o Iluminismo até a contemporaneidade, principalmente após o advento da Internet. Para tal, esta investigação tem início com a concepção de Kant sobre o Iluminismo, seguida das ideias de dois de seus contemporâneos, Condorcet e Condillac, escolhidos por sugerirem o uso de uma língua universal como alternativa para o esclarecimento humano. O estudo prossegue com uma breve descrição dos projetos de língua universal dos séculos XIX e início do século XX e apresenta as razões para os seus fracassos; passa posteriormente pela segunda metade do século XX e pela tentativa de se fazer da língua inglesa a língua única de comunicação no mundo; finalmente, chega à Revolução Digital. Nesta última fase, o debate concernente à comunicação livre, independentemente da língua, e ao acesso irrestrito ao conhecimento se veem reforçados com o aparecimento da terceira geração da Internet, a chamada Web Semântica, que tem reavivado os ideais dos projetos iluministas e mostrado ser um caminho possível para a comunicação universal e o esclarecimento humano.