O Contra-Iluminismo do Marquês de Sade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mattos, Elizângela Inocêncio
Orientador(a): Monzani, Luiz Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Carlos
São Carlos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/955
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as bases teóricas pelas quais o Marquês de Sade edificou sua filosofia, a saber, precisamente, a influência de La Mettrie e Holbach, o que compreende um estudo da natureza e a questão mecânica na composição dos seres, incorrendo a um determinismo fundamental na corrente materialista do século XVIII. Importa compreender de que maneira tomou a tese do homem como máquina e a ideia de uma natureza criadora-destruidora, que lhe permitiu um imoralismo declarado, pautado não somente na natureza mas em um ateísmo militante. As consequências desse percurso incorrem na tese do contra-iluminismo do Marquês de Sade que, homem de seu tempo, edificou uma obra pautada no combate, na denúncia, no discurso dominante que caracteriza a diferença entre fortes e fracos. A exigência de felicidade tem a realização do pleno curso das paixões, explorando todas as dimensões da máquina corporal que pode ser feliz, sob a ótica libertina, na prática do crime. O modo como Sade se antecipa em tratar do mal sendo um componente da natureza, fonte de prazer, resulta também na intolerância do libertino em relação à vítima.