O Contra-Iluminismo do Marquês de Sade
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Carlos
São Carlos |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/955 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é analisar as bases teóricas pelas quais o Marquês de Sade edificou sua filosofia, a saber, precisamente, a influência de La Mettrie e Holbach, o que compreende um estudo da natureza e a questão mecânica na composição dos seres, incorrendo a um determinismo fundamental na corrente materialista do século XVIII. Importa compreender de que maneira tomou a tese do homem como máquina e a ideia de uma natureza criadora-destruidora, que lhe permitiu um imoralismo declarado, pautado não somente na natureza mas em um ateísmo militante. As consequências desse percurso incorrem na tese do contra-iluminismo do Marquês de Sade que, homem de seu tempo, edificou uma obra pautada no combate, na denúncia, no discurso dominante que caracteriza a diferença entre fortes e fracos. A exigência de felicidade tem a realização do pleno curso das paixões, explorando todas as dimensões da máquina corporal que pode ser feliz, sob a ótica libertina, na prática do crime. O modo como Sade se antecipa em tratar do mal sendo um componente da natureza, fonte de prazer, resulta também na intolerância do libertino em relação à vítima. |