[pt] MODERNISMOS EM MODERNIDADES INCIPIENTES: MÁRIO DE ANDRADE E ALMADA NEGREIROS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: DANIEL MARINHO LAKS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27165&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27165&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.27165
Resumo: [pt] O objetivo do presente trabalho é discutir as propostas estéticas dos modernismos de Mário de Andrade e de Almada Negreiros como respostas específicas a uma experiência de crise civilizacional. Este entendimento do seu tempo como período de viragem histórica suscitou diferentes propostas baseadas em expectativas diversas de futuro. Esta abordagem parte do pressuposto de que a representação artística se apresenta de forma intimamente relacionada à percepção do espaço e sua relação com os corpos. O modernismo, como forma simbólica, está intimamente relacionado com uma alteração significativa da percepção espaço temporal. Entretanto, essa dialética entre movimento artístico (modernismo) e experiência de espaço (modernidade) produziu na crítica literária uma avaliação do modernismo como uma resposta cultural à experiência da modernidade. Essa leitura relaciona-se com uma visão da modernidade como uma linha contínua de avanços tecnológicos, sociais, econômicos, etc., que surgem em centros e se espalham em direção à periferia. A partir desta interpretação produziram-se conceitos como modernismo tardio, modernismo periférico ou atraso cultural. A análise se propõe a situar as doutrinas e práticas estéticas agrupadas sob o conceito de modernismo em relação a conjunturas internas de cada país e a conjunturas internacionais num complexo mapa de coordenadas geopolíticas. Para isso, a Tese se estrutura em quatro pilares fundamentais de sustentação: Modernos, modernidades e modernismos; Futurista?! Em busca de uma expressão moderna de nacionalidade; Modernismos em modernidades incipientes: a insuficiência de invenções características da segunda revolução industrial nas narrativas romanescas de Mário de Andrade e Almada Negreiros; Modernismos e Estados Novos: os projetos de transformação cultural na esfera política do Salazarismo e do Varguismo. A partir destes pontos, o trabalho se pretende a associar o modernismo, não como uma dinâmica que surgiu no centro e se espalhou pela periferia como aplicação de um discurso estrangeiro, mas antes como a constituição de uma problemática impulsionadora de questionamentos diversos nas instâncias de entrecruzamento da cultura, da política e da arte.