[pt] POR QUE O QUEER?: ANALISANDO O DISCIPLINAMENTO DAS IDENTIDADES LGBT COMO MANUTENÇÃO DO STATUS QUO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FLAVIA BELMONT DE OLIVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45285&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45285&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45285
Resumo: [pt] Esta dissertação pleiteia que os efeitos da agenda LGBT normativa favorecem alguns grupos sociais, mas reforçam a marginalização e a expropriação de pessoas e povos queer não-brancos, seja em contextos domésticos, ou na política internacional. Para explicar essa lógica, o trabalho apresenta uma montagem teórica experimental: a perspectiva foucaultiana sobre poder disciplinar e dispositivo de sexualidade (FOUCAULT, 2002; FOUCAULT, 1998) acoplada a uma crítica queer of color (FERGUSON, 2004), que atenta para o disciplinar das formações racializadas não-heteronormativas que surgiram para suprir o mercado de trabalho capitalista nos centros urbanos onde o a burguesia primeiro ascendeu. Com esse primeiro movimento, será mostrada a imbricação entre capital, poder disciplinar e sexualidade, para indicar que tal poder disciplinar atua em favor de uma hegemonia político-sexual branca e burguesa. Posteriormente, para indicar as tendências do período neoliberal recente, o esforço consistirá em refletir sobre as ausências estratégicas do Estado neoliberal e as formas pelas quais a heteronormatividade é reforçada em comunidades racionalizadas, ao passo que a homonormatividade se torna mais acessível a grupos que correspondem a recortes de classe e raça identificados com a branquitude e o alto poder de consumo. Tal montagem teórica permitirá entender, também, como a normatividade sexual, presente na política LGBT e embutida nas noções de atraso e desenvolvimento, reforça as desigualdades internacionais. Por fim, o trabalho indicará como as perspectivas queer contém pontos-chave que permitem a transformação do tecido político, econômico e social nacional, e a desestabilização das hierarquias internacionais de poder.