[pt] A FINANCEIRIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO: OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA DA REGIÃO DO PORTO DO RIO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MARCELA VIRGINIO DAMETTO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27163&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27163&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.27163
Resumo: [pt] A Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio de Janeiro (OU-CRPRJ) é uma das manifestações espaciais do processo de reestruturação produtiva do modo de produção capitalista associada às liberalizações do setor financeiro ocorridas a partir de 1980. Esta operação é materializada através da reestruturação urbano-imobiliária das regiões central e portuária da cidade do Rio de Janeiro. A atual interconexão entre mercado financeiro e setor imobiliário promove a inversão de capital financeiro no processo de produção espacial através da emissão e comercialização de títulos mobiliários ligados ao solo urbano. Assim, a lógica financeira se materializa no espaço da OUCRPRJ através da comercialização de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACS), o que aponta a tendência da financeirização da produção do espaço. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de desvelar as contradições do processo de produção do espaço da OUCRPRJ, no qual, configuram-se estratégias de diferenciação e desigualização que promovem a formação de renda diferencial tanto dentro do perímetro como na escala da metrópole, ambas diretamente relacionadas à dinâmica financeira. Além disso, a produção do espaço da OUCRPRJ provoca a remoção da população que vive este espaço e é expulsa pela Prefeitura da Cidade sob justificativas desenvolvimentistas que seguem diretrizes neoliberais forjadas por instituições internacionais como o Banco Mundial que, em última análise, visa a reprodução continuada de capital por uma parcela da sociedade. Neste contexto, toma-se o processo de produção do espaço da OUCRPRJ como objeto analítico da presente dissertação de mestrado.