[pt] POR UMA ERÓTICA DA MONSTRUOSIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: RAQUEL TAMAIO DE SOUZA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68723&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68723&idi=4
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68723
Resumo: [pt] Neste trabalho investigo o erotismo na monstruosidade, tomando como objetos de sustentação obras e artistas que operam por misturas libidinais de diferentes matérias. Os principais são: o artista e escritor Tunga, algumas de suas narrativas e obras plásticas; o romance-ideia Catatau de Paulo Leminski, sobretudo sua personagem Occam, um monstro semiótico; e obras visuais e textuais da artista e evangelizadora transgênera Ventura Profana. Dialogo com as reflexões sobre Eros e o erotismo de Anne Carson e Georges Bataille, como base teórica para articular vínculos possíveis entre o erotismo e a monstruosidade. Filio-me à constelação de provocações que partem das formas monstruosas como meios de transgressão, não como indicativo de interditos, e proponho uma contribuição: a hipótese de uma erótica da monstruosidade. Em companhia de narrativas, especulações e modos de criação que operam por misturas, fusões, composições de coisas heterogêneas, construo uma reflexão sobre o jogo entre Eros e a monstruosidade. É a partir do movimento paradoxal do erotismo, com toda a sua doçura amarga, sua capacidade de aliar dor e prazer, limite e deslimite, vida e morte, e com base no feixe de criações artísticas singulares que reúno aqui, que proponho pensar a monstruosidade não somente como um aspecto, mas como um modo, um meio de criação, uma operação na qual engendramos acoplamentos, junções, cópulas, amálgamas, misturas, costuras, composições, fusões, mesclas, cruzamentos, mestiçagens, mixórdias; é o encontro e a contaminação de coisas heterogêneas num corpo, num corpus, num ato, numa existência, no mundo. Uma experiência erótica.