[fr] INSTAURATION: LE POUVOIR DE RESTHÉSIEMENT DANS L OEUVRE DE TUNGA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MARIA EDUARDA C DE M CAPOTORTO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68035&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68035&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68035
Resumo: [pt] Este trabalho se propõe a investigar o conceito de instauração, proposto pelo artista brasileiro Tunga na década de 90, como uma resposta artística ao estado de anestesia apontado por Susan Buck-Morss em seu texto Estética e anestética: o ensaio sobre a obra de arte de Walter Benjamin reconsiderado (1996). Benjamin, utilizando-se da teoria dos choques proposta por Sigmund Freud, pensou como a modernidade modificou o aparato sensível dos indivíduos. Susan Buck-Morss acrescenta a essa reflexão o conceito de um sistema sinestético que, devido ao excesso de estímulos tecnológicos, atua para proteger o corpo de traumas físicos e a consciência de choques perceptuais. Com o aumento dessas estimulações e a necessidade de preservar o indivíduo, esse sistema passou a ter um mau funcionamento e se tornou produtor de anestesia. Inicialmente, nos anos 1930, Benjamin apontava a politização da arte como uma possível maneira para reverter essa situação. A presente dissertação analisa as instaurações como uma prática artística capaz de operar tal mudança e re-estesiar os corpos. Por isso, foi realizada uma investigação sobre as produções artísticas de Tunga, especialmente em seu modo de trabalho com instaurações. Nele, foi possível identificar o estranhamento como característica responsável por ativar um funcionamento do sistema sinestético com seu potencial de re-estesiamento. Novamente, pensamos junto a Sigmund Freud quando ele reflete sobre o infamiliar. Por fim, busca-se compreender tal conceito nas obras de Tunga.