[en] RUINS: FROM THE WRITING TO THE BODY: INTERSECTIONS BETWEEN WALTER BENJAMIN AND SAMUEL BECKETT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LARISSA PRIMO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48042&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48042&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48042
Resumo: [pt] Esta dissertação propõe um diálogo da obra do crítico e filósofo Walter Benjamin com a obra do dramaturgo e romancista Samuel Beckett. Os dois escritores do século XX, embora tenham sido contemporâneos durante alguns anos de suas vidas e se afligido por questões em comum, não chegaram a comentar nada um sobre o outro. Isso talvez se explique pelo fato de que, na busca por fugir do regime nazista, sem visto para realizar a travessia da França para a Espanha, Benjamin comete suicídio em 1940, quando Beckett ainda estava no início de sua produção literária. Do contrário, possivelmente o crítico alemão teria pensado sobre a obra do autor irlandês, tantas são as afinidades entre eles. Para torná-las visíveis, esta dissertação se divide em três capítulos. O primeiro investiga, com base na teoria de Benjamin, o declínio das narrativas tradicionais que eram passadas oralmente entre as gerações e a ascensão de outras formas de comunicação possibilitadas pela escrita, como a informação e, sobretudo, o romance no âmbito da literatura. O segundo capítulo pretende explicitar a diferença entre o silêncio involuntário, porque traumático, dos combatentes da Primeira Guerra Mundial, diagnosticado por Benjamin, e o deliberado gesto performativo de silenciar com o qual Beckett busca tornar a linguagem porosa. O terceiro capítulo propõe aproximações entre o corpo fragmentário da escrita ensaística, adotada por Benjamin, e a maneira como Beckett eleva a incompletude da ruína aos corpos de seus personagens, que enfrentam a decadência não apenas de seus membros, mas também de suas memórias e, mais radicalmente, de sua própria identidade.