[pt] COMO SE APRENDE A SER VADIA?: PEDAGOGIAS DE UM MOVIMENTO FEMINISTA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CAROLYNA FERREIRA BARROCA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28258&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28258&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.28258
Resumo: [pt] Esta pesquisa objetiva analisar como um movimento social feminista desenvolve estratégias formativas de seus quadros ou mesmo de simpatizantes à causa das mulheres. Optou-se por um estudo de caso e foi analisado a Marcha das Vadias do Rio de Janeiro de 2015. Por meio de uma pesquisa participante, observações de reuniões e entrevistas semiestruturadas, os dados coletados viabilizaram a escrita da pesquisa em três temas-chave. O primeiro se refere à militância no movimento como fonte de empoderamento das mulheres, com especial ênfase para a construção da liberdade do corpo. Neste tema-chave, também se observou a intenção de subverter a ordem social e os aspectos culturais de dominação na qual as diferentes mulheres estão subjulgadas historicamente. O segundo tema-chave relaciona diretamente à temática da diferença na educação, com a discussão da interseccionalidade, defendida pela Marcha das Vadias RJ 2015, apontando os avanços e as barreiras da coexistência de diferentes níveis de opressões em nossas sociedades e também dentro do próprio movimento. O terceiro tema-chave discute a percepção das participantes da Marcha das Vadias RJ 2015 sobre o que aprenderam dentro do movimento e quais são as potencialidades pedagógicas que o mesmo apresenta para as questões contemporâneas nas lutas feministas. Por fim, foi possível concluir que a Marca das Vadias do Rio de Janeiro em 2015 é um movimento social potente para uma formação contra-hegemônica na qual o respeito pelas diferenças e as discussões de gênero e de sexualidade se apresentam como possíveis, bem como os limites e os avanços a serem considerados em outros espaços para a defesa de uma educação intercultural.