[pt] A GRAMÁTICA DO SILÊNCIO: UM ESTUDO SOBRE A COMUNICAÇÃO E A NÃO COMUNICAÇÃO NA PSICANÁLISE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SERGIO GOMES DA SILVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29122&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29122&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29122
Resumo: [pt] O presente trabalho tem por objetivo investigar o conceito de silêncio na história da psicanálise, analisando os vários sentidos que lhe foram atribuídos na medida em que as teorias e técnicas analíticas foram se sobrescrevendo umas às outras. Para se alcançar esse objetivo, o silêncio foi analisado a partir de duas correntes teóricas distintas, a saber, a psicanálise clássica ou tradicional, centrada nos escritos de Sigmund Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham e seus interlocutores, e a Escola Inglesa de Psicanálise, centrada no grupo independente e representada pelo pensamento de Donald W. Winnicott e seus herdeiros teóricos. Na primeira parte do trabalho, buscou-se encontrar os referentes do silêncio em sua vertente clássica compreendendo-o como resistência, censura, recalcamento, transferência e ontratransferência, pulsão de vida e pulsão de morte, defesas do ego, elaboração, perlaboração e os tipos libidinais. Na segunda parte do trabalho, buscou-se os referentes do silêncio através das contribuições de Donald W. Winnicott e a partir da sua teoria do desenvolvimento emocional primitivo, mostrando como a mãe se constitui como um primeiro continente no qual o bebê precisa mergulhar para o desenvolvimento do seu psiquismo, de um inconsciente, de um self e do seu mundo interno. Ao final, apresentamos quatro proposições do silêncio na clínica psicanalítica atual: o silêncio que surge nos fenômenos de retraimento e regressão; o silêncio como forma de o analista se oferecer como um continente para o seu paciente; o silêncio como forma de segredo no desenvolvimento do pensamento; e, por fim, o silêncio como interpretação e como holding.