[en] REFLECTIONS ON WRITING IN THE WORKS OF JORGE LUIS BORGES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: MARCELO NEVES ALMEIDA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20681&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20681&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.20681
Resumo: [pt] Este trabalho examina a tematização da escrita em ensaios, contos e poemas de Jorge Luis Borges. Busca situar as perspectivas ali oferecidas com relação a teorias da escrita, por um lado, e às reflexões mais gerais sobre a linguagem que se depreendem do próprio corpus borgiano, por outro. Neste último caso, confere-se atenção especial à obsessão de Borges pelo tema da metáfora e afins (símbolo, alegoria e assim por diante). O estudo mostra em primeiro lugar que, ainda que estejam longe de permitir o reconhecimento de uma teoria consistente sobre a escrita, os textos de Borges tendem a desestabilizar a percepção teoricamente disseminada da escrita sob os princípios da arbitrariedade do signo e da inferioridade ontológica do escrito em relação ao falado. Mostra-se, além disso, sobretudo nos textos em que Borges se debruça sobre as escrituras sagradas e a cabala, como convergem em larga medida as perspectivas borgianas da escrita e da metáfora: ao interessar-se por pensar a escrita em sua dimensão simbólica, figurativa, Borges se afasta, como em seus textos sobre o metafórico, de uma concepção representacionista objetificante. O estudo revela por fim o modo como Borges valoriza, nos dois casos, mais os processos do que os resultados: o autor ressalta o interesse paradoxal dos procedimentos hermenêuticos mesmo em face da impossibilidade de levarem a pontos de chegada, de conduzirem a regiões conceituais estáveis.