[pt] BAZAR DOS ESQUECIDOS: BRANQUITUDE, INSTITUIÇÕES E O MUNDO FUNK

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LUCAS FORASTIERE SILVEIRA JUPY
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=54891&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=54891&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.54891
Resumo: [pt] Esta dissertação tem como tema as estruturas de poder da branquitude e sua mobilização para reprimir o mundo funk. Assim, objetiva: 1) denunciar formas como racismo, classismo, patriarcado e cisheteronormatividade informam a supressão de manifestações culturais subalternizadas; 2) desenvolver categoria analítica que auxilie na percepção das dinâmicas de extrativismo cultural da branquitude; 3) mapear e interpretar imagens de controle geradas pela branquitude sobre a cultura funk; 4) compreender implicações normativas de determinadas dinâmicas de poder partindo do funk; 5) estabelecer percepção mais complexa acerca das dimensões de violências, esquecimentos, resistências e permanências – pensadas para além das dimensões de controle. A partir da racialização dos sujeitos pertencentes às elites, busca-se compreender a branquitude como um espaço de privilégios e poder. Para desenvolver o Bazar dos Esquecidos como categoria analítica e espaço heterotópico, é proposto um passeio guiado por um narrador-vendedor que assumirá performances típicas da branquitude e, por vezes, se confundirá com a própria pessoa do autor. O primeiro movimento consiste na conceituação desta categoria e sua apresentação como empreendimento analítico. Em seguida, as ofertas deste são apresentadas por meio do mapeamento de imagens de controle acerca do mundo funk. Finalmente, há a saída do Bazar dos Esquecidos, a fim de situá-lo no contexto urbano contemporâneo. As dinâmicas de poder hegemônicas observadas serão compreendidas sob a lógica das estruturas interseccionadas de gênero, raça, classe e sexualidade. O mundo funk aparece sob forma de uma cultura popular de massas que resiste a estas opressões, ainda que inevitavelmente influenciada por elas.