[pt] DESEJO DE ESCRITA E SUAS DIMENSÕES
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30168&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30168&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30168 |
Resumo: | [pt] A dissertação apresentada é o primeiro movimento de uma pesquisa-intervenção que se empenha em cartografar o processo de escrita, aproximando a escrita do gesto. Nomeamos de pesquisa-intervenção porque esse movimento pressupõe um mergulho na experiência e afirma a inseparabilidade entre conhecer e fazer, entre pesquisar e intervir. Essa cartografia, transformada em dissertação, parte do seguinte problema: que desejo leva o escritor à árdua tarefa de rachar as palavras-muro? Palavras-muro são ao mesmo tempo abertura e os fracassos dessa abertura, afirmam, na sua construção, que, de nada adianta bater-lhes com força, é necessário outro corpo, talvez o corpo de um sujeito dissolvido, para mina-las e lima-las, com extrema paciência. Que corpo seria esse? As pistas estão na relação do corpo com a grafia: uma dança sobre a terra, um desenho na parede, uma marca no corpo. A escrita e a experiência, o afeto e o corpo. A noção de reportagem aqui nos foi muito útil, porque ela fez a ponte entre corpo, experiência, grafia. É impregnada dela que chegamos à construção da noção de trans-reportagem, processo de escrita em que a figura do autor está diluída, num parto construído a partir de tantos nascimentos simultâneos que não há mais sentido em falar de paternidade (e consequentemente de autoria, propriedade, etc). A autoria dá lugar a um agenciamento criativo, produtor de realidades infinitas e incessantes. O real se coloca aqui como criação. Esse primeiro movimento se preocupou em trabalhar com alguns dispositivos teóricos que auxiliassem a construir o conceito de trans-reportagem, necessário para pensar uma escrita situada na fronteira entre a literatura e o jornalismo. |