[pt] ENTÃO ESSE É QUE É O IMPERADOR? ELE NÃO SE PARECE NADA COM REIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O INTELECTUAL BRASILEIRO PEDRO DE ALCÂNTARA E SUAS VIAGENS PELAS TERRAS DO NILO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: GISELLE MARQUES CAMARA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8008&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8008&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.8008
Resumo: [pt] A presente dissertação se propõe a lançar uma nova reflexão sobre a figura do segundo imperador brasileiro, Pedro de Alcântara, cuja ênfase recai sobre a análise de sua persona pública como intelectual, e não como monarca. O estudo objetiva, através de diferentes propostas epistemológicas, inserir Pedro de Alcântara no espaço de sociabilidade brasileiro, mais especificamente na cidade do Rio do Janeiro, sede da corte imperial no século XIX, já que rechaça as correntes teóricas que trabalham com a idéia de que existe uma incompatibilidade entre as idéias difundidas no meio cultural europeu, ambiente cultural em que Pedro de Alcântara é recorrentemente remetido, e o brasileiro de tal natureza, que seria impossível pensar o Brasil a partir de valores e tradições que constituíram o cenário social e cultural europeu oitocentista. O estudo também propõe uma leitura do papel social de Pedro de Alcântara como intelectual, conceituando-o e inserindo-o no modelo cultural iluminista, já que seu interesse não se reduzia a nenhuma área específica do conhecimento, pelo contrário abarcou diversos ramos das artes e ciências, em que trabalhou ativamente como pesquisador e mecenas, comprometido com a difusão dos valores do progresso, ou seja, da modernidade em seu país. Como expressão paradigmática deste contexto histórico-ideológico em que o estudo procurou inserilo, foram trabalhadas as duas viagens que realizou ao Egito nos anos de 1871-72 e 1876-77, através, principalmente, dos relatos presentes em seus diários de viagem.