Relação entre a compreensão de sentenças e a memória de trabalho em crianças com distúrbio específico de lingaugem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferreira, Maria Cecília de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-20062007-134607/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram correlacionar o desempenho de crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) nas provas de memória de trabalho e de compreensão de sentenças e verificar, entre as duas provas de memória de trabalho utilizadas, qual a mais eficaz para discriminar crianças com DEL, quando comparadas a crianças com desenvolvimento típico de linguagem (DTL). Foram selecionadas 66 crianças, com idades variando de 37 meses (3:1 anos) a 131 meses (10:11 anos), divididas em três grupos de 22 crianças: um grupo experimental, de crianças com diagnóstico de DEL, e dois grupos controle, de crianças com desenvolvimento típico de linguagem e aprendizagem (DTLA). O primeiro grupo controle (n=22) foi pareado pela idade psicolinguística (GCIPL) e, o segundo (n=22), pareado pela idade cronológica (GCIC). A memória de trabalho foi obtida por meio das provas de repetição de pseudopalavras (PP) e de memória seqüencial para dígitos (ITPA DG), e a compreensão de sentenças por meio do \"Token Test\". A comparação entre o desempenho dos grupos foi realizada pelo teste \"t\" de Student, a correlação entre as provas de memória de trabalho e compreensão de sentenças foi realizada pela correlação de Pearson e, para verificar qual a melhor prova para discriminar as crianças com DEL, utilizou-se a curva ROC. As análises demonstraram que os sujeitos do grupo experimental apresentaram menor número de acertos nas três provas aplicadas (p<0,05). Foi encontrada correlação positiva entre as provas de memória de trabalho e a prova de compreensão de sentenças (PP --> r=0,42, p=0,049; ITPA DG --> r=0,74, p<0,001). Entre as duas provas relacionadas à memória de trabalho, a que demonstrou ter o melhor índice discriminatório de crianças com DEL foi a de pseudopalavras, com acurácia de 95%. Concluiu-se que houve correlação positiva entre a memória de trabalho e o aspecto da linguagem, compreensão, e que a melhor forma de discriminar crianças com DEL e crianças com DTL, entre as duas analisadas é a prova de pseudopalavras.