[pt] PERDA PERINATAL: UM ESTUDO SOBRE LUTO E VÍNCULO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CECILIA REZENDE DA SILVA CUNHA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52909&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52909&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52909
Resumo: [pt] O luto vivenciado a partir de uma perda gestacional ou neonatal apresenta características e reações semelhantes a outros tipos de luto, entretanto, muitas vezes é não-reconhecido (Doka, 1989). Espera-se que a chegada de um novo bebê seja capaz de resolver o luto. O vínculo entre cuidador primário e a criança é fundamental para a sobrevivência física e emocional e, por isso, essa relação inicial é tão importante para o desenvolvimento de todos os indivíduos. O objetivo da pesquisa foi investigar as repercussões da perda gestacional ou neonatal prévia no processo de construção do vínculo da mãe com o bebê que nasce durante o processo de luto. O estudo de cunho qualitativo entrevistou 17 mulheres que tiveram ao menos uma perda gestacional ou neonatal e tiveram um novo bebê após a perda. Os resultados demonstraram a necessidade das mães explicarem detalhadamente a experiência de perda, em uma possível busca de construção de sentido. A tristeza e a culpa foram identificadas como principais reações frente ao luto que foi vivenciado de maneira silenciosa. A maioria das mães referiu medo relacionado à gravidez subsequente e à vinculação com o bebê durante o período gestacional. O contato corporal foi o principal sistema parental identificado nas interações. O trabalho concluiu que apesar de serem comuns e frequentes e, muitas vezes não- reconhecidas, perdas perinatais são vividas de maneira singular, repercutem nas interações e não são resolvidas com o nascimento de um novo bebê. Acredita-se que esse estudo possa contribuir para a legitimação e o reconhecimento do luto por perda gestacional e neonatal e para a maior atenção às interações iniciais nesse contexto.