[pt] A MORTE FEITA DE PEDRA: O MERCADO DE ESCRAVIZADOS DO VALONGO E A NECROARQUITETURA
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46990&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46990&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46990 |
Resumo: | [pt] Receber, triar, higienizar, armazenar, despachar, descartar. Esses eram alguns dos verbos usados para conjugar as milhares de vidas que chegavam nos ventres pútridos dos navios negreiros ao Brasil. Caso chegassem vivos, e se o seu destino fosse o porto do Rio de Janeiro, entre 1771 e 1833, os homens e mulheres africanos continuariam a sua trajetória de sobrevivência no mercado do Valongo, onde eram preparados e expostos à venda pública, — transformados em objeto, mercadoria e moeda — negociados incansavelmente nos vários barracões espalhados pela bucólica vila de casinhas brancas com telhados vermelhos na freguesia de Santa Rita. Amparado por um sistema necropolítico que tinha a normatização da violência e a produção da morte, física e social, como modos de exercício da soberania, o Valongo constituiu-se espacialmente como um conjunto de equipamentos urbanos que funcionavam de modo integrado na tarefa de produção e distribuição da mão de obra escrava para diversas partes do continente. Tendo este cenário como ponto de partida, o presente trabalho se desenvolve como uma investigação dos processos sociais, políticos e culturais que conduziram a consolidação espacial do Valongo como um complexo comercial, buscando em sua expressão material e simbólica as bases para forjar um novo conceito que abarque a função necropolítica dos ambientes construídos: a necroarquitetura. |