[pt] MATEMÁTICA E CONHECIMENTO NA REPÚBLICA DE PLATÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: ALEXANDRE JORDAO BAPTISTA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10066&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10066&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10066
Resumo: [pt] A proximidade entre matemática e filosofia em Platão é algo historicamente estabelecido e que pode ser constatado desde o primeiro contato com a sua obra e com as linhas gerais de seu pensamento. Nesse sentido, encontramos em alguns dos seus principais Diálogos, particularmente em A República, concepções sobre a natureza da matemática relacionadas, sobretudo, à metodologia matemática. Na República Platão aborda criticamente aspectos referentes ao método e ao status epistemológico das disciplinas matemáticas em dois momentos. O primeiro no Livro VI, na célebre passagem da Linha Dividida (509d - 511e), e o segundo no Livro VII, por ocasião da descrição do programa de estudos preparatórios à dialética (521c-534e) e, em ambos, considerando-se o que Platão diz em outras oportunidades, o teor da crítica platônica surpreende. Na Linha, as disciplinas matemáticas são descritas como formas de conhecimento intermediárias entre a opinião e a dialética, a única a merecer o título de ciência legítima. No Livro VII para ilustrar a distinção entre o conhecimento alcançado pelas disciplinas matemáticas, de um lado, e pela dialética, de outro, é dito que apesar de apreender alguma coisa da essência o matemático estaria para o dialético como aquele que dorme e sonha está para aquele que está acordado e vivendo a realidade (533b - 534e). O objetivo desse trabalho, portanto, é investigar por que Platão considera as matemáticas ciências intermediárias e qual a noção de conhecimento que serve de critério para essa classificação.