[pt] A GOLPES DE MACHADO: FICÇÕES, ESTILOS E OBJETOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RAFAEL DE PAULA TAVEIRA RODRIGUEZ MEIRE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30657&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30657&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30657
Resumo: [pt] Esta tese propõe investigações sobre as relações entre as noções de estilo e agência dos objetos, tomando como intercessores privilegiados, nos termos de Gilles Deleuze, narrativas curtas e fragmentos da obra de Machado de Assis. A escolha por se trabalhar com contos desse autor se dá pelo fato de, aí, surpreenderem-se linhas de força e problemas que, singularmente corporificados na escrita machadiana, permitem contágios fecundos com certas vertentes do pensamento contemporâneo. A tese explora, em especial, a potência dos contos escolhidos para catalisar os debates hoje travados em torno da revisão filosófica e antropológica da partição natureza-cultura no ocidente. O trabalho de criação teórica aqui empreendido busca relacionar, nesse âmbito, os tópicos da vida dos objetos (agora saídos do mundo dito inanimado e dotados de agência) e do estilo (noção que, na contramão de definições clássicas estritamente textuais, compreende-se agora como embate de forças produzido nas relações entre corpos provenientes de domínios heterogêneos). Em conexão com o trabalho teórico, a tese propõe, ainda, revisões críticas de alguns vetores comumente atribuídos à ficção machadiana, tais como a desvalorização do mundo das aparências, a centralidade de valores eminentemente modernos, e o pessimismo. Buscando alimentar a discussão também por meio de suas próprias estratégias de composição, a tese explora possibilidades de trânsito entre o ensaístico e o epistolar.