[pt] CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE EMOÇÕES NEGATIVAS E REPERCUSSÕES PARA A SAÚDE MENTAL
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46465&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46465&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46465 |
Resumo: | [pt] Crenças disfuncionais sobre emoções negativas estão associadas à presença de sintomas como ansiedade, depressão, fadiga, medo de avaliação negativa, menor busca por apoio social e supressão emocional. A supressão é uma estratégia de regulação das emoções contraproducente, relacionada com dificuldades como menores níveis de entendimento emocional e aumento dos estados afetivos indesejados. Estas crenças estão relacionadas, ainda, com diferentes quadros clínicos, e podem se originar a partir de fatores ambientais, que exercem um papel central no aparecimento de sintomas referentes à presença das crenças. Elas atuam, também, como fator de risco e vulnerabilidade para certos grupos, já que podem levar a maiores taxas desses sintomas, com os quais parece haver uma relação bidirecional, conduzindo a desregulação emocional e estresse. O primeiro estudo endereçou participantes expostos a estes estressores ambientais, policiais militares, que constituem grupo de risco. Para verificação de dados de saúde mental nessa população, eles foram avaliados com relação às crenças sobre emoções, ansiedade, depressão, fadiga e medo de avaliação negativa. Diferenças significativas foram encontradas entre o grupo policial e o controle, com o grupo de policiais apresentando índices elevados de sintomas de fadiga, depressão e ansiedade com relação aos escores totais das escalas. Também, altas taxas de prevalência foram encontradas para a população policial para esses mesmos sintomas, que dobraram em comparação aos controles, o que aponta para a gravidade clínica destes sintomas. Acreditamos ser a primeira vez que dados de prevalência são relatados em forças policias, constituindo uma importante contribuição do presente estudo. A partir desses resultados, é possível sugerir programas para policiais que enderecem a saúde mental, em especial intervenções que contemplem a regulação das emoções, visando gerenciamento dos sintomas mais graves. O segundo estudo buscou por meio da validação brasileira do Questionário de Regulação Emocional para a população adulta, investigar a relação entre estratégias de regulação emocional, crenças sobre emoções e alexitimia, fatores emocionais que podem ter uma forte associação. A supressão emocional se apresentou uma estratégia pouco adaptativa pela associação com maiores níveis de crenças sobre emoções e alexitimia, merecendo maior atenção nos tratamentos pelos resultados encontrados no presente estudo, que corroboram com a literatura, e ainda, pela intensidade de sua presença em diferentes grupos clínicos. Além disso, acreditamos ser a primeira vez que é observada a relação entre os contructos de crenças disfuncionais sobre emoções negativas e alexitimia, e que as propriedades psicométricas do instrumento são investigadas na população adulta, o que representa a relevância do segundo estudo. Assim, de maneira geral, os resultados apontam para uma correlação entre as variáveis clínicas citadas, com uma influência mais sutil que o esperado das crenças no primeiro estudo, mas com associações em ambos que apontam para a presença das crenças como disfuncionais pela vinculação com maiores níveis de depressão, medo de avaliação negativa, supressão emocional e alexitimia. |