Propriedades psicométricas da OAS - Observer Alexithymia Scale: versão brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carneiro, Berenice Victor
Orientador(a): Yoshida, Elisa Medici Pizao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15680
Resumo: O estudo analisou propriedades psicométricas da versão brasileira da Observer Alexithymia Scale (OAS). Foram estimadas, a consistência interna, precisão por testereteste e precisão entre avaliadores; validade de construto por meio de análise da estrutura fatorial, validade de critério e validade convergente, em população clínica por abuso ou dependência de sustâncias psicoativas. A OAS é uma escala breve para uso do profissional clínico assim como pessoas que conhecem bem o paciente, para diagnosticar alexitimia segundo cinco dimensões: distanciamento, sem insight, somatização, sem graça e rigidez. É composta de 33 itens que devem ser respondidos através de uma escala Likert de 4 pontos, sendo o grau de intensidade indicado pela escolha entre 0 (nunca, em nada parecido) e 3 (todo o tempo, totalmente parecido). Os dados foram coletados em serviço público ambulatorial para dependentes de substância e uma instituição sem fins lucrativos, com vínculo religioso, para o tratamento residencial da dependência de substância. A amostra foi composta de três grupos: G1 200 familiares ou amigos (F=88%; M=12%) de dependentes ou que abusam de substância (álcool=46,5% e drogas=53,5%); G2 39 dependentes de substância (álcool=66,6%; drogas=33,3%), ambos os sexos (F=15,3%; M=84,6%) em tratamento no serviço ambulatorial e G3 nove terapeutas do serviço ambulatorial com experiência clínica entre 1 e 15 anos. Os estudos de consistência interna e precisão indicaram que a OAS possui boa consistência interna, tanto entre os participantes do G1 (alfa = 0,83) quanto do G3 (alfa = 0,85) e boa estabilidade temporal (rs = 0,79; rs = 0,80), mas baixa precisão entre avaliadores quando avaliada por familiares e profissionais (rs = 0,14). A análise fatorial exploratória indicou uma estrutura com 5 dimensões (variância total = 48%) e 30 itens com cargas fatoriais mínimas de 0,40, reproduzindo a estrutura da escala original. Na validade de critério, o grau de alexitimia foi estudado em função do tipo de dependência (álcool ou drogas químicas), tomado como medida de critério. Não se observou relação entre o tipo de dependência e alexitimia avaliada pela OAS-30 (p = 0,16). Para o estudo de validade convergente, os participantes do G2 completaram a Escala de Alexitimia de Toronto (TAS-22). Os resultados sugerem muito baixa associação entre os escores da TAS-22 e a OAS-30 avaliada pelo G1 (rs = 0,29; p >0,05) e entre a TAS-22 e a OAS-30, completada pelo G3 (rs = -0,18; p >0,20), indicando que as escalas estariam medindo diferentes construtos. Os resultados apontam que a OAS-30 detém boa precisão e que a estrutura fatorial é compatível com a versão original. No entanto, há necessidade de revisão de alguns itens, especialmente no Fator 4. Considerações a respeito da influência do nível de escolaridade do respondente, assim como o nível de familiaridade do respondente com o dependente de substância psicoativa são realizadas.