[pt] TEU CORPO NÃO É ROSTO: EXPRESSIVIDADE FACIAL E SUA RELAÇÃO COM O CULTO À JUVENTUDE NA CULTURA MIDIÁTICA
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=38511&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=38511&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.38511 |
Resumo: | [pt] A proposta fundamental deste estudo versa sobre a expressividade facial e o culto da eternização da juventude, exemplificado nas imagens dos indivíduos na cultura midiática. Aqui, as lentes são voltadas para corpo feminino ao longo da história e na sociedade contemporânea, digital e narcísica. Ressalta-se que, embora nos séculos XX e XXI este corpo seja socialmente aceito e com a revolução sexual tenha se tornado um pouco mais independente e um dos principais suportes publicitários, por vezes os corpos femininos continuam estereotipados e subjugados. Em uma atualidade cuja corporeidade é midiatizada e milimetricamente controlada, corpos femininos com rugas e marcas da vida são excluídos do espaço publicitário e do espaço público, encaminhados para desempenhar papéis sociais bastante específicos e muitas vezes estereotipados. É apresentado o corpo como um objeto de desejo que se desgasta com o tempo. Assim busca-se identificar os recursos imagéticos e significacionais usados nos anúncios, assim como entender de que forma tais recursos são organizados com o propósito de produzir identificação no público (GOMES, 2004). Serão utilizados a semiologia de Barthes (1990) e conceitos de Aumont (2000), Jolie (1996), Dondis (1997) e a compreensão das formas sociais, em diálogo com o Formismo – o jogo das aparências –, proposto por Maffesoli (1988, p.29), entendendo que a forma permite a apreensão da imagem e de sua pregnância no corpo social. Observa-se o corpo liberado física e sexualmente na publicidade, moda e filmes, tornando-se cada vez mais carregado de conotações e objeto de investimento, consumo e obsessão. Verificase que em algumas culturas o corpo todo é rosto e este corpo-rosto é lugar mais humano do sujeito, onde se cristalizam os sentidos de identidade e se estabelece o reconhecimento do outro. Em uma cultura midiática a publicidade se apresenta como a arte oficial do capitalismo (HARVEY, 2005, p. 65). Ela é fruto do contexto histórico em que está inserida, não um fenômeno isolado. Com sua retórica e formações imagéticas a publicidade se apresenta como mediadora essencial entre a sociedade, sua cultura e economia. Este trabalho debruça sobre a conexão entre a saída dos rostos sem rugas e marcas de expressão dos anúncios publicitários para os consultórios estéticos, consequentemente para as ruas e para os locais sociais para os quais estes rostos são encaminhados. Como resultado, observa-se que Os modelos de mulheres apresentados pela publicidade no século XXI em sua maioria ainda propagam o idadismo e a exclusão das marcas do tempo nos rostos midiáticos, tanto na mídia impressa como na mídia eletrônica. As experiências proporcionadas pela passagem do tempo, sucessos, alegrias, fracassos e realizações; amores vividos, filhos nascidos, perdas afetivas, produzem transformações que não deveriam estar em seus rostos. |