As tragédias de Sêneca Oedipus e Phoenissae: introdução, tradução expressiva, notas e comentários sobre a expressividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sanches, Cíntia Martins [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151114
Resumo: O presente trabalho tem como objeto as tragédias Oedipus e Phoenissae, escritas em meados do século I d.C. pelo autor latino Lucius Annaeus Seneca (4 a.C.? – 65 d.C.). Consiste em um estudo crítico sobre a tessitura poética do texto latino por meio da proposta de uma tradução expressiva em português para esses dois dramas. Em outras palavras, este trabalho pretende investigar e descrever o idioma estilístico de Sêneca no córpus a fim de ensaiar sua transposição para o português. Far-se-á: 1) uma análise dos textos latinos, 2) uma apreciação da tradução de Oedipus por Candido Lusitano e 3) uma tradução expressiva dos dois dramas. O objetivo é revelar traços fundamentais do idioma estilístico de Sêneca no córpus, bem como refletir sobre sua transposição para o português nas traduções propostas por esta autora e na tradução de Oedipus proposta por Candido Lusitano, no século XVIII. A tradução de Lusitano é a única tradução poética metrificada em português da tragédia Oedipus até o presente momento. Da tragédia Phoenissae, há apenas traduções em prosa. A escolha dessas duas tragédias se deu pelo fato de que, dentre os dramas senequianos, esses são os únicos que se centram no mito dos Labdácidas. Assim, é possível uma abordagem completa sobre o tratamento dado por Sêneca ao mito de Édipo. O conceito de idioma estilístico diz respeito à afinidade estilística necessária para que uma tradução possa ser equivalente ao texto de partida. As tragédias estudadas — poemas dramáticos que são — encerram um uso abundante e sofisticado de recursos expressivos, comumente classificados como figuras de linguagem, bem como por expedientes estilísticos presentes nos planos fônico, lexical, morfossintático e métrico. Este trabalho consiste em uma investigação de como se orquestram expressão e conteúdo no enunciado poético, oferecendo uma tradução expressiva ou, em outras palavras, procurando um equivalente desses recursos em português. Investiga-se também como Lusitano trabalhou a expressividade em sua tradução e como as traduções aqui propostas se enquadram nesse tratamento da expressividade.