[pt] QUEM SOU EU? QUEM ÉRAMOS NÓS?: (A HISTÓRIA DE) UMA PESQUISA SOBRE IDENTIDADES DE PROFESSORES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BRUNO DE MATOS REIS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22459&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22459&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.22459
Resumo: [pt] Neste trabalho, narro a história de uma pesquisa sobre identidades emergentes em uma interação entre professores de inglês da rede municipal do Rio de Janeiro. Enquanto comentam cenas do filme francês Entre os Muros da Escola (2008), esses profissionais trocam experiências e estabelecem relações entre seu cotidiano nas escolas e a ficção cinematográfica. Aqui, lançando um olhar sobre questões de identidades, procuro tanto entender as relações que se estabelecem entre o dia-a-dia dos professores e a(s) narrativa(s) do filme quanto analisar – problematizando – minha influência enquanto pesquisador-participante no surgimento, manutenção ou recusa das histórias e tópicos propostos. Desse modo, realizo não só uma análise de dados como também uma reflexão sobre meu desenvolvimento como pesquisador. A fim de refletir sobre a concepção do estudo e minha participação no trabalho, sigo em uma jornada da Pesquisa Educacional com Base nas Artes (Telles, 1998, 2006) até a Prática Exploratória (Allwright e Hanks, 2009). Para dar conta da complexidade da interação, sirvo-me de construtos teóricos da Sociolinguística Interacional e de diferentes contribuições teóricas no campo do estudo das narrativas. A pesquisa, de natureza qualitativa e interpretativa, tem seus dados formados por excertos da interação em que se dão comentários e discussões a respeito de cenas e/ou personagens do filme. No que tange às construções identitárias, a análise dos dados indica, por parte de todos os participantes, uma tentativa de projetar-se como profissionais competentes, engajados e dispostos a resistir a quaisquer dificuldades que se apresentem na realização de seu trabalho. Nesse sentido, a ênfase nos percalços que se observa na interação comumente se associa a alguma forma de autoelogio. Queixar-se, no contexto analisado, é caminho para valorizar o esforço, para construir-se como aquele que, apesar de tudo e todos, insiste em realizar um bom trabalho. A partir de impasses teórico-metodológicos surgidos no decorrer deste trabalho, reflito criticamente sobre a construção e desenvolvimento da pesquisa, o que me leva a perceber e explorar diálogos entre a Pesquisa Educacional com Base nas Artes e a Prática Exploratória – experiência que, como procuro registrar reflexivamente, tem contribuições significativas para meu amadurecimento como pesquisador.