[en] CRITIQUE OF NORMATIVE REASON: MICHEL FOUCAULT AND THE AUTHORITY OF REASON

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: VICTOR ALEXANDRE GARCIA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47458&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47458&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47458
Resumo: [pt] Este trabalho investiga a relação de Foucault com a polêmica temática da pós-modernidade, através do debate Foucault-Habermas. Pós-modernidade é um conceito controverso, possuindo inúmeras leituras e caracterizações. Escolhemos o diálogo com Habermas, não apenas pela importância do filósofo alemão na cristalização desse conceito ao longo da década de 80, mas também porque ele direciona críticas diretas à filosofia foucaultiana. Habermas compreende a modernidade como um projeto inacabado, a ser resgatado e completado pelo desenvolvimento de uma racionalidade comunicativa. Sua teoria da modernidade, então, visa combater a pós-modernidade emergente, marcada pelo irracionalismo e pelo relativismo. Habermas enxerga em Nietzsche o ponto de inflexão para a pósmodernidade. A genealogia nietzschiana, método que será também o de Foucault, figura aos olhos do filósofo alemão como uma espécie de crítica devastadora da razão, que se dá nos limites exteriores da modernidade. Tratar-se-ia de uma crítica da razão enquanto tal, que a desmascara como mera vontade de poder e de dominação. Tentamos mostrar, então, o modo como o filósofo francês tratou do tema da modernidade. Para Foucault, se ela também se caracteriza pelo Iluminismo, é muito mais pela atitude crítica que ele desperta, do que por determinado modelo de racionalidade tido como ideal. O Iluminismo abriu a reflexão filosófica para a investigação de quem nós somos em nosso presente, do que é nossa atualidade, e consolidou o esforço de nos situarmos criticamente contra as racionalidades que nos orientam e que nos governam. Foucault enfatiza, então, a noção de maioridade kantiana: ser moderno é muito simplesmente a recusa de ser tutelado. Deste modo, toda a obra de Foucault complexifica a clássica narrativa Iluminista, que se apresenta nos termos de um progresso das Luzes, de uma luta da razão contra as sombras, do conhecimento contra a ignorância e os preconceitos, etc., mostrando que existem elementos autoritários no seio do próprio projeto da Ilustração. O Iluminismo se inscreveu na história não apenas como movimento de questionamento da autoridade da Igreja, mas também como questionamento de toda e qualquer autoridade. Se a razão moderna se torna uma nova fonte de autoridade, a crítica precisa se radicalizar em uma metacrítica, que possa dar conta das novas racionalidades que nos governam.