[pt] TEMPORALIDADE E POLÍTICA NA FICÇÃO LATINO AMERICANA DO SÉCULO XXI: A PRESENÇA DO PASSADO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: BRENO ABI CHAHIN NEVES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62265&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62265&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62265
Resumo: [pt] As ficções latino-americanas, sejam elas literárias ou cinematográficas, produzidas na segunda década do século XXI, têm sido palco de produções sobre uma questão não resolvida coletivamente, e que ainda assombra diversas esferas da vida pública e privada da sociedade: o passado insepulto das ditaduras militares no subcontinente. Nessas obras, percebe-se que o passado, enquanto dimensão temporal, se impõe ao presente e teima em não passar. As diversas formas de perpetração da violência de Estado, que não foram trabalhadas de maneira coletiva, fizeram com que o horror praticado nos anos de exceção, fosse confinado no subterrâneo da história oficial. Isso possibilitou que diferentes narrativas sobre fatos históricos, sobre o passado recente da América Latina, pudessem ser contestadas, abrindo portas para movimentos que soterram verdades, para o negacionismo e revisionismo histórico. Sendo assim, esta dissertação propõe uma reflexão sobre as soluções formais que essas ficções contemporâneas utilizam para dar conta das feridas ainda abertas, causadas pelas ditaduras civis-militares e da permanência da violência institucional, ao longo do tempo. A partir do estudo de algumas ficções latino-americanas, parte-se da hipótese de que, nessas narrativas, o deslocamento de enunciação, a banalidade do mal e uma estética fantasmática, que aponta para a utilização do corpo como ruína/alegoria, são artifícios narrativos que colocam a temporalidade no centro do debate.