Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Heredia, Cecília Riquino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02082023-183153/
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Resumo: |
As Comissões da Verdade são corpos de poder oficiais temporários, criados, preferencialmente, pela iniciativa de um Estado e que buscam investigar, documentar e esclarecer violações aos direitos humanos por ele cometidas. Elas passam a ser instauradas na América Latina a partir da década de 1980, investigando, predominantemente, violações perpetradas por regimes militares estabelecidos na segunda metade do século XX. Embora exista um conjunto de boas práticas que a literatura especializada no tema delimita para as Comissões, elas podem possuir características plurais em relação, por exemplo, às suas estruturas organizacionais, metodologias e dinâmicas de atuação, aos temas que propõem investigar, à sua composição e aos resultados que se dispõem a entregar. Muitas de suas peculiaridades, diante deste quadro de possibilidades, estão, por sua vez, associadas ao próprio contexto de transição nacional no qual são criadas, respondendo a demandas que associam a busca da verdade ao direito à memória, justiça e reparação, no período posterior a um regime autoritário. Diante do exposto, a presente tese propõe um estudo comparado entre a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP), instaurada na Argentina em 1983; a Comissão de Verdade e Justiça (CVJ), instaurada no Paraguai em 2002; e a Comissão Nacional da Verdade (CNV), instaurada no Brasil em 2012. Tendo como principal objeto de análise os relatórios finais produzidos por cada uma das experiências indicadas, propomos mapear - de maneira comparada e buscando estabelecer similaridade, recorrências, generalizações e assimetrias - as narrativas oficiais apresentadas sobre cada período autoritário e sua transição; as representações sobre instituições, movimentos e grupos sociais relacionados às violações aos direitos humanos presentes nos informes; a relação estabelecida entre eles e o debate historiográfico sobre as ditaduras militares e as operações e disputas inseridas no campo da memória que se forjam em torno da implantação das Comissões e da divulgação de seus relatórios finais. |