[en] AESTHETICS OF LATIN-AMERICAN SPACE: COLONIALITY, SOVEREIGNTY, VIRTUALIZATION

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: JOSE ROBERTO ARAUJO DE GODOY
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59145&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59145&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.59145
Resumo: [pt] Este trabalho trata da contribuição do campo estético na reflexão sobre as consequências do processo colonial na América Latina; defendendo o conhecimento gestado em nosso continente como ferramenta de análise de nossos problemas. A hipótese central é de que o estético se particulariza em nosso continente, funcionando como um dispositivo presentificador de específicas condições do espaço latinoamericano, ocupando-se de zonas imprecisas, habitadas por virtualidades e fantasmagorias, nas quais persistem resíduos de uma temporalidade arcaica, antimoderna, que atritam com as incessantes demandas progressistas da modernidade. Esses resíduos desdobram-se de modos diversos, em corpos, espacialidades, modos de viver e construir conhecimento, e são rearticulados pelo estético por meio de processos de virtualização que emergem em variadas formas criativas. Ao longo dos próximos capítulos serão apresentados trabalhos que ocupam essas zonas imprecisas, produzidos em diversas épocas e respondendo a distintas ambições. Da ficção de Jorge Luis Borges às fotografias etnográficas do austríaco Martin Gusinde, na Terra do Fogo. Dos desenhos do arquiteto chileno Miguel Lawner, realizados em campos de concentração chilenos, durante a ditadura Pinochet, a narrativas recentes, que tratam das consequências do Golpe de 1964 no Brasil, em seu âmbito pessoal, familiar e coletivo, como é o caso de Ainda estou aqui (2015), de Marcelo Rubens Paiva, e A noite da espera, de Milton Hatoum (2017). Trabalhos como esses são capazes de repor ou reapresentar o que foi destruído, apagado ou ocultado pelos Estados que aqui se configuram, a partir dos processos de independência nacional, possibilitando reatualizar na contemporaneidade as recorrências dos traumas de constituição do espaço colonial de nosso continente, em variadas encarnações das sociedades pós-coloniais. É essa importante tarefa de fazer do passado um elemento vivo entre nós, a principal colaboração do estético para que enfim se possa emancipar a América Latina do papel de dependência que ocupamos desde 1492.