[pt] A MORTE ÉTICA EM HERÁCLITO DE ÉFESO: O MORTO-VIVO CONTEMPORÂNEO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ANGELA FLEURY DA FONSECA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53122&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53122&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53122
Resumo: [pt] Esta dissertação analisa as reflexões de Heráclito de Éfeso sobre o par de contrários vida-morte a partir da compreensão de Alexandre Costa dos conceitos heraclíticos de logos e thanatos, descrita em Thanatos: da Possibilidade de um Conceito de Morte a partir do Logos Heraclítico (Costa, 1999). Partindo de uma ótica singular de Costa, Heráclito é destacado como o precursor das indagações a respeito das virtudes e das coisas humanas. É ressaltado um Heráclito ético e político, que estaria tentando entender a dificuldade do humano em decifrar o mundo a sua volta e a si mesmo. Esta dificuldade se daria devido a uma surdez humana, que impediria os humanos de escutar a fala do logos, isto é, a fala do cosmo, o que os tornaria uma espécie de mortos-vivos. Sublinha-se a dimensão humana do pensamento do efésio e a lógica heraclítica da contradição, que abraça a ideia da inseparabilidade e interconectividade dos contrários na compreensão do cosmo como tudo-um. Na busca pela compreensão de qual seria o lugar do humano, Heráclito estaria escutando o logos comum/universal que estaria expressando um processo inescapável de relação e cooperação entre contrários. O humano estaria diante de um aparecimento processual de interconexão e interdependência entre tudo e todos. Este trabalho que se inicia com a análise das reflexões de Heráclito, um filósofo grego do século VI a.C., acaba por se desenrolar na direção das atuais circunstâncias, quando se torna inadiável que se perceba a existência de um humano morto-vivo contemporâneo. Heráclito estaria apontando a existência de uma morte exclusiva dos humanos, uma morte ética, um humano morto em vida que estaria buscando uma gratificação imediata para si, egoísta e autocentrado, sem compromisso com o outro, separando o inseparável, isto é, que não compreende a interdependência cosmológica do tudo-um. Nesta dissertação, será descrito o morto-vivo heraclítico, mas o mesmo será facilmente identificado contemporaneamente nestes tempos de pandemia e pandemônio. E daí? disse o presidente.